20 de Novembro de 2021
Em meses quentes, a atenção com o Aedes aegypti deve ser redobrada;
O verão ainda não chegou, mas os números de casos de dengue registrados em Alagoas têm aumentado. Neste sábado (20) é o Dia Nacional de Combate à Dengue, que reforça a maneira mais eficiente de controle da doença: a prevenção.
Os dados acumulados de 2021 e contabilizados até o dia 10 de outubro do Boletim Epidemiológico Arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika mostraram que foram notificados 2.486 casos de dengue no estado, representando um aumento de 208,81% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram notificados 805 casos.
Os meses chuvosos e quentes são os mais propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypti, e ainda há o agravante de que os ovos podem sobreviver por um ano até encontrarem o ambiente mais favorável para eclodirem. O clima atual, em Alagoas, está propício para o aparecimento da doença, por isso se faz tão necessário que toda a população se una nesse combate.
Ações simples para evitar a proliferação do mosquito
Uma vez que ainda não há vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação, a forma mais simples de prevenir e combater a dengue é evitando o nascimento do mosquito. E, para isso, é necessário eliminar os possíveis locais que eles escolhem para a reprodução.
A regra é simples, recipientes como caixas d’água, barris, tanques e cisternas devem estar sempre fechados, já em vidros, potes, vasos de plantas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhado, entre outros. A atenção deve ser redobrada para nunca ter água parada.
Como a proliferação acontece de forma rápida, é importante que a população confira com frequência, em sua residência, se há locais onde o mosquito possa se reproduzir. Para se ter ideia da velocidade com que a contaminação acontece, apenas um mosquito pode levar a doença a cerca 300 pessoas.
Saneamento básico
Outro ponto indispensável para esse combate envolve o saneamento básico, que engloba o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgoto, o descarte adequado de lixo e resíduos e a drenagem de água da chuva. Isso porque, por muito tempo, foi ensinado que o mosquito da dengue precisava de água parada e limpa para se reproduzir. No entanto, hoje já se sabe que eles também podem se desenvolver em água suja.
Em 2020, apenas 27% dos moradores da região metropolitana de Maceió eram atendidos pelo sistema de esgotamento sanitário. Após leilão feito pelo Governo de Alagoas, a empresa BRK Ambiental, que foi a vencedora e assinou um contrato de concessão de 35 anos, está com a meta de atender 90% da população com esgotamento sanitário até 2037, sendo que o objetivo é ter alcançado 83% já em 2029.
Outra meta do contrato é a universalização dos serviços de água nos próximos seis anos, nos 13 municípios atendidos pela concessionária: Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte e Marechal Deodoro.
Disque Dengue
Para acionar os agentes de endemias e denunciar focos potenciais do mosquito Aedes aegypti, a prefeitura dispõe do Disque Dengue (3315-5360 e 3221-2523). Por meio dele, a população pode denunciar locais propícios à proliferação do mosquito, como terrenos baldios, casas abandonadas ou piscinas desativadas.