A BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Sumaré, concluiu, nesta quarta-feira, dia 25, o projeto realizado em parceria com a Rede Asta, o “Mulheres + Renda”. O objetivo da ação foi contribuir com a geração de renda local e promover a proteção e a saúde das mulheres que menstruam a partir da produção e distribuição de absorventes reutilizáveis na cidade.
No total, 13 costureiras da Vila Operária participaram da ação e confeccionaram 6,5 mil absorventes reutilizáveis em dois meses. Cada participante recebeu R$ 2 mil pela produção de 500 absorventes.
Nesta quarta-feira, foram realizadas as doações de 6.500 absorventes. A primeira doação ocorreu para alunos e funcionários da escola estadual “Jeny Bonadia Rodrigues Santarossa” e contou com a participação de 700 alunos do ensino médio.
Antes da entrega dos kits foi realizada uma palestra com foco no uso correto do sistema coletor de esgoto. A coordenadora de Redes e Reservação da concessionária, Késia de Paula Teixeira, explicou o funcionamento dos serviços de esgotamento sanitário e orientou sobre as consequências do descarte irregular de resíduos nas tubulações de esgoto.
“Mostramos que entre os principais problemas causados pelo descarte de lixo nas redes está o extravasamento de esgoto. Alimentos jogados na pia, papel higiênico descartado no vaso sanitário e óleo de cozinha lançado no ralo são resíduos que causam uma grande dor de cabeça com entupimentos e extravasamento para dentro das residências”, informa Késia.
Foram doadas também 1.040 unidades para o posto de saúde do Jardim Denadai. Na unidade de saúde da família, a enfermeira Bruna Paes de Carvalho Pinto desenvolve um projeto voltado à primeira menstruação, com crianças na faixa dos 9 a 11 anos.
Também foram comtemplados com doações o Instituto Bem Querer (920 unidades), Casa de Acolhimento Resgatar (392) e a Sociedade Humana Despertar (480). Os absorventes reutilizáveis foram distribuídos em kits, contendo quatro unidades cada, acompanhados de um folder explicativo.
“Essa doação vai agregar muito no projeto com as meninas que ainda não menstruaram a primeira vez. A gente vai garantir que elas já tenham o conhecimento, saibam como usar o absorvente e não faltem à aula por falta de absorvente no dia a dia. Vai ajudar muito no desenvolvimento do projeto e para as meninas da nossa área de cobertura”, afirma Bruna.
O estudo “Pobreza Menstrual”, produzido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mostra que no Brasil 713 mil pessoas que menstruam vivem sem acesso a banheiro e/ou chuveiro em casa, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.
O compromisso da BRK é garantir o acesso à saúde, seja por meio da água tratada e do saneamento de qualidade, ou do apoio a projetos e iniciativas sociais.