07 de Março 2022
Resultado é possível devido à universalização do sistema de esgotamento sanitário na cidade
Somente nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, 189,2 milhões de litros de esgoto sem tratamento deixaram de ser despejados no Ribeirão Claro, em Santa Gertrudes. Isso só foi possível devido a universalização do tratamento de esgoto sanitário do município, que ocorreu em 2013 e impede, desde então, que efluentes sem o devido tratamento, sejam descartados nos rios da cidade. Esse trabalho é realizado pela BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Santa Gertrudes.
Santa Gertrudes já tem 100% do esgoto coletado e tratado, trabalho que ocorre atualmente na Estação de Tratamento de Esgoto. Só nos dois primeiros meses do ano já foi possível evitar que aproximadamente 75 piscinas olímpicas de esgoto fossem despejadas no Ribeirão Claro, revitalizando as Bacias Hidrográficas do Rio Corumbataí e do Rio Piracicaba.
O resultado obtido na cidade é bem diferente da realidade do país. É o que mostra o Esgotômetro do Instituto Trata Brasil, que desde o dia 1º de janeiro de 2022, acompanha a quantidade de esgoto sem tratamento despejado na natureza. Até o dia 07 de março, mais de 349 mil piscinas olímpicas de esgoto foram despejadas na natureza.
Segundo o Instituto Trata Brasil, dados do IBGE em 2019 demonstram que, no país são 1,6 milhão de residências sem acesso ao banheiro, ou seja, estima-se que mais de 5 milhões de pessoas sejam impactadas pelo problema. Além disso, cerca de 35 milhões de brasileiros não tem acesso à água potável e quase 100 milhões sem coleta dos esgotos. Somente 49% dos esgotos gerados no país são tratados, o que equivale a jogar todos os dias na natureza uma média de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgotos sem tratamento.
“O tratamento de esgoto universalizado é um privilégio do município de Santa Gertrudes e fruto dos investimentos realizados pela concessionária. Essa é uma conquista muito importante e que impacta diretamente no cotidiano da população, uma vez que os sistemas de coleta e tratamento de esgoto são fundamentais para prevenir a contaminação e transmissão de doenças”, explica Daniel Makino, coordenador regional de operações da BRK.
Cuidados com a rede de esgoto
A concessionária destaca que as redes de esgoto não foram projetadas para transportar lixo e que a má utilização pode causar transtornos a todos. Por isso, a empresa reforça que é fundamental não jogar restos de comida e lixo nas redes de esgoto. Além disso, lembra que o acúmulo de fios de cabelo e óleo de cozinha estão entre os principais responsáveis pelo entupimento das redes públicas de esgoto, portanto, é preciso dar a eles o destino adequado.
Cuidados como esses ajudam a reduzir a quantidade de entupimentos nas redes de esgoto, além de evitar o retorno de esgoto para as residências.